Lisa, Lady e Lucky ... da minha amiga Nanci

Lisa, Lady e Lucky ... da minha amiga Nanci

domingo, 17 de junho de 2012


Como o cão enxerga

Revista Cães & Cia, n. 341, outubro de 2007
Cães vêem o mundo de maneira bem diferente da nossa. De certo modo, é como se eles estivessem vivendo em um mundo paralelo. Assim como percebem coisas que não temos capacidade de notar, nós notamos coisas que eles não podem perceber
Quando se fala de visão canina, logo vem a pergunta: a espécie enxerga em cores ou em preto e branco? Esse assunto será abordado a seguir, mas trata-se apenas de uma das características da visão. Dizer que sabemos como o cão enxerga não se reduz a conhecer essa resposta!
Afinal, enxerga colorido?
Sim, mas por muito tempo até mesmo os cientistas acreditavam que não. Hoje se sabe que os cães enxergam em cores, mas não distinguem todas as cores que os humanos vêem. 
A principal diferença é que os cães não conseguem distinguir o verde do vermelho. Para nós e para outros animais, como pássaros e macacos, que comemos frutas, a diferença entre essas cores é gritante porque é muito vantajoso diferenciar rapidamente as frutas vermelhas das folhagens verdes, por exemplo.

Uma distinção que os cães conseguem fazer bem é entre o azul e o verde. Bolinhas de cor azul são mais fáceis de o cão buscar em gramados do que as vermelhas, que se destacam menos, e por isso podem ser usadas para estimular o olfato.

Faça o teste: segure o cão sobre um gramado bem verde e jogue uma bolinha azul e uma vermelha. Solte-o somente quando as bolinhas estiverem a pelo menos uns 10 metros de distância. Provavelmente, o cão optará por seguir a bola azul, muito mais visível para ele.
Visão noturna
É verdade que os cães enxergam no escuro? Depende. Na escuridão total, não. Mas os cães enxergam muito melhor do que nós no escuro, apesar de não conseguirem distinguir bem as cores. Pode-se dizer, portanto, que no escuro os cães enxergam em preto e branco. 
A visão noturna é importantíssima para os animais que caçam no escuro, por dependerem basicamente da luz da lua e das estrelas. É o caso das matilhas selvagens e das alcatéias, cujos uivos, usados também para reunir o grupo para caçar, podem ser mais ouvidos à noite, especialmente nas noites claras.
 
Faça o teste: com uma câmera de vídeo que filma no escuro (infravermelho) observe como o seu cão se locomove num quarto totalmente escuro. Coloque uma caixa ou cadeira fora de lugar e observe se ele desvia antes ou depois de tocá-la com a cabeça ou bigode. Depois, estimule o cão a andar - jogue uma bolinha que ele adore ou chame-o na sua direção – e aumente a luminosidade aos poucos (use luzes com intensidade ajustável ou permita que a luz da rua entre). Haverá um momento em que, apesar de você ainda não enxergar os objetos, o cão já desviará deles com facilidade. Isso mostra que ele enxerga com muito menos luz do que nós.
Vê de costas?
Graças a uma amplitude de visão bem maior que a nossa, os cães enxergam o que está atrás deles. Como têm olhos mais laterais que os nossos, conseguem ver uma área maior, tanto para localizar presas como eventuais predadores. A maior amplitude visual varia, já que a posição dos olhos muda conforme a raça. Pastores Alemães, por exemplo, têm amplitude visual muito superior à dos Pugs.

Faça o teste: olhe para a frente e traga suas mãos com as palmas abertas a partir de trás da cabeça até enxergá-las. Você só as verá quando estiverem um pouco à frente das orelhas. Isso mostra que a amplitude visual humana é de aproximadamente 180 graus. Experimente fazer isso com o seu cão. Aproveite quando ele estiver olhando fixamente para um local. Mova um objeto de trás para a frente até que ele o perceba e vire a cabeça, querendo-o. Repare como o objeto é percebido, mesmo estando ainda atrás do cão. Fique atento: como o olfato e a audição dos cães são fantásticos, tente evitar que o objeto seja percebido pelo cheiro ou pelo barulho.
Detecção de movimento
Os cães conseguem detectar muito mais facilmente algo em movimento do que parado, qualidade útil nas perseguições durante a caça. É como se o objeto em deslocamento saltasse de um fundo parado.

Faça o teste: amarre numa cordinha um objeto que o cão adore. Prenda o cão num ponto fixo e distraia-o. Coloque o objeto a uma distância tal que fique difícil de ele ver facilmente. Solte o cão e, quando ele estiver “perdido”, procurando o objeto, puxe a cordinha para o objeto se mover. Observe como é localizado facilmente quando entra em movimento. Só não dá para sugerir uma distância padrão, porque o alcance da visão dos cães varia bastante e muitos deles são míopes.
http://www.caocidadao.com.br/artigos_caes.php?id=311

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Vejam só que bela oportunidade... o projeto é nota 10 mas poucas pessoas sabem que ele existe. Compartilhem a informação!!!

domingo, 15 de abril de 2012

Amei essa foto....


Cara amiga Dedé Cordeiro... não resisti e copiei a sua foto... linda né... natureza perfeita!




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

mas que tristeza.....

Se o meu blog não te interessa porquê ficar com chacota. É só sair... tão simples assim. Faço com muito carinho, com meu coração. Muito obrigada pelas palavras de apoio que recebo, vocês não sabem como é gratificante poder ajudar.
Estive alguns dias sem publicar... mas depois de muito trabalho, tudo volta ao lugar.
Obrigada!!!

domingo, 22 de janeiro de 2012

A vitória sobre a crueldade


Um filme que vale a pena assistir !



Vale a pena assistir.... " Um amigo inesperado" título dado em português para o filme "After Thomas".
Conta a história verídica sobre as dificuldades de um casal em lidar com as limitações do filho autista de 6 anos. A avó sugere a compra de uma cão da raça Golden Retriever, e a partir daí todo o comportamento do pequeno Kyle muda. Uma história emocionante com final feliz.
" Os animais muitas vezes conseguem chegar dentro de uma pessoa onde jamais chegaríamos!"




Vamos falar de pulgas ???


A pulga apresenta 4 estágios em seu ciclo de vida: ovos, larvas, pupas e pulgas adultas. A produção de ovos por uma pulga inicia-se 48-72 horas após a primeira ingestão de sangue e pode ocorre por cerca de 100 dias. Uma pulga pode ovipor em média  40 a 50 ovos por dia, e uma pulga fêmea deposita cerca de 2000 ovos durante toda a sua vida.

Essa é a pulga ou Ctenocephalides para os íntimos rsrsr


Percebeu como isso pode ser chamado realmente de praga!
Ambiente propícios como carpetes, tapetes, caminhas de animais, tacos, frestas, e  locais com sombra temperatura amena e matérias orgânicas são os locais preferidos das pulgas. 
Confesso que acabar com as pulgas não é uma tarefa fácil principalmente para quem possui muitos animais e casa com esse tipo de piso. O controle através de substâncias como fipronil, imidacloprid, piretróides de uma modo geral podem ajudar, mas se vc mora em uma casa com tacos.... só o seu pedreiro poderá te ajudar! Como? Trocando seu piso. Às vezes isso torna-se incontrolável e nem a melhor dedetização do modo poderá resolver.
Manter o ambiente limpo, evitar a exposição do animal a ambientes infestados e aplicação de produtos como Front Line, Advantage Max 3, Revolution em intervalos de 30 dias podem diminuir ou até eliminar a infestação se ela não for tão intensa.




segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


Alerta: gata morre em SP infectada com o vírus da raiva


Depois de quase 30 anos sem casos de raiva em animais domésticos na cidade de São Paulo – o último foi notificado em 1983 –, a capital registrou, no fim do ano passado, a morte de uma gata por causa da doença, que é altamente letal e transmissível ao ser humano.
O felino, que tinha aproximadamente 10 anos, pertencia à artesã Izabel Bonifácio da Cruz, de 50, que mora na Rua Teviot, em Moema, zona sul da cidade. O local é considerado de classe média alta e tem um grande número de animais.
O bicho havia morrido em outubro, mas a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) do Município de São Paulo foram comunicadas apenas em dezembro.  A demora na notificação teria sido atribuída a uma confusão em diagnosticar a causa da morte do animal.
Em entrevista exclusiva ao blog Conversa de Bicho, do Estadão.com.br, Izabel explica que a suspeita inicial era de que a gata tinha sido envenenada, já que em maio do mesmo ano outros animais tinham sido mortos dessa forma. “Tive cinco gatos que morreram por causa de chumbinho (veneno para rato), que jogaram aqui no quintal. Achei que era mais um caso, mas eu a levei para a USP para analisarem o que a matou”, afirma. Só após fazerem diversos testes para intoxicação, todos com resultado negativo, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ/USP) enviou, no fim de novembro, material para teste de raiva, que deu positivo.
Segundo a dona da gata, que faz trabalhos voluntários de recuperação de bichos abandonados, a suspeita é de que o animal teria sido infectado após caçar e matar um morcego, que possivelmente estaria com a doença. “Ela tinha a mania de pegar esses bichinhos e trazer para cá. Uns cinco dias antes de morrer, eu me lembro de ela ter pegado um morcego com a boca. Eu retirei o bichinho morto e o joguei fora”, explica. A atitude de tocar no morcego, principalmente ferido, é altamente perigosa e não recomendada por especialistas, porque quem o manipula também pode se contaminar com o vírus da raiva.
Após notificada, a Prefeitura enviou ao local funcionários e médicos para fazerem o que chamam de bloqueio, que é a vacinação dos animais das casas próximas, e notificar os moradores sobre o que ocorreu – para identificar, realizar exames e vacinar as pessoas que tiveram contato com o felino. “A Covisa desencadeou todas as medidas previstas para o controle da doença, de acordo com o Programa Nacional de Controle da Raiva, e não foi encontrado nenhum novo caso da doença nem mesmo de suspeita. As equipes de vigilância realizaram atividades de casa em casa, com orientações aos munícipes e a vacinação de animais domésticos (cães e gatos)”, explicou, em nota, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal da Saúde.
Apesar de a Prefeitura alegar que não há casos suspeitos, Izabel teve de entregar 5 gatos ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ-SP), dos 17 felinos em seu poder. Os demais foram mantidos presos em um gatil em sua casa. Todos deverão ficar sob observação durante 180 dias e ainda não dá para descartar a possibilidade de algum estar infectado. Ela, o marido, a filha e demais pessoas que conviviam no ambiente também foram vacinados e estão sob acompanhamento médico.
No entanto, Izabel lamenta não ter recebido o laudo com a comprovação da doença. “Eles apenas me ligaram informando informalmente. Foi tudo verbal.” A protetora também questiona o procedimento da Prefeitura. Para ela, todos os munícipes deveriam ter sido avisados. “Acho que todos os donos e protetores precisam ficar atentos. Se morrer um animal do nada, precisa investigar.” Além disso, a artesã acredita que, se tivesse sido feita a campanha de vacinação no ano passado, a população estaria mais segura. “Não sei se essa gatinha teve contato com outros animais. Ela vivia solta. Temos muitos gatos na rua e acho que tinham de vacinar em outros lugares também. Esta é uma área que tem muitos morcegos. Todo mundo corre o risco e a Prefeitura deveria avisar a população em geral”, completa.
Medo
Mesmo depois de a Prefeitura enviar funcionários da Secretaria Municipal da Saúde, ainda há quem não acredite que havia um animal com raiva no local. “Não, não era raiva. Você acha que era?”, indaga uma moradora da Rua Teviot que não quis se identificar. Ela é dona de um cão da raça bichon frisé, de 12 anos. “Ainda bem que eu dou todas as vacinas no meu Bidu.”
Segundo o vigia da rua, Eleno Augusto da Silva, de 47 anos, os moradores da região ficaram assustados. “Muita gente veio me perguntar se era verdade.” E os moradores tinham razão em perguntar para ele. O próprio vigia foi um dos abordados pela equipe médica e orientado a ser vacinado com a antirrábica, já que havia a suspeita de que ele tivesse brincado com a gata. No entanto, Silva afirma que ele não tinha “muito contato” com o bicho e confessa que dificilmente conseguirá ir até o posto indicado para ser imunizado. “Eu não tenho como sair daqui, para mim é muito complicado. Mas, como as médicas já sabiam que seria difícil, me pediram até para assinar um termo de responsabilidade. Aí assinei”, afirma.
O fato de não apresentar sintomas até o momento não descarta a possibilidade de ter sido exposto ao vírus. Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), a incubação da raiva é extremamente variável. Apesar de na média a doença se desenvolver em 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses nos animais, há a possibilidade de o vírus ficar incubado por anos. Em crianças, existe a tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto.
Tudo está relacionado à localização, extensão, quantidade e profundidade dos ferimentos causados pelas mordeduras ou arranhaduras; lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos; além da concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
O último caso fatal de raiva humana no Estado de São Paulo foi registrado em 2001, na cidade de Dracena. Na ocasião, um morcego também infectou um gato, que depois transmitiu a doença a sua proprietária. Como não procurou ajuda a tempo, Iracema Milanez, de 52 anos, acabou morrendo.
Morcegos
Apesar de ser um tipo diferente de raiva daquela conhecida como a do cachorro louco (canina), o vírus rábico transmitido pelo morcego é tão letal quanto o do cão. Além disso, o caso dessa gata e de outros relatos de exposição demonstram que pode estar havendo uma mudança do perfil epidemiológico importante, já que os episódios de contaminação recentes tem como origem a variante do morcego.
Ricardo Augusto Dias, médico veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, explica que a doença circula entre várias espécies de morcegos, tanto os que se alimentam de sangue quanto os que comem apenas frutas. “A organização social deles é baseada em agressão e é comum que várias espécies dividam a mesma toca ou caverna. Além disso, eles têm o hábito de um lamber o outro, principalmente as fêmeas.”
Segundo o veterinário, a cidade é um lugar em que se adaptam bem e por isso sempre haverá a possibilidade de contaminação, principalmente nos gatos que vivem soltos, que são mais predadores. “Se não houver o controle populacional de morcegos, sempre haverá o risco.”
Para ele, o fato de não terem realizado a campanha de vacinação contra a raiva foi um erro e expõe o ser humano ainda mais à doença. “Apesar de a vacina não controlar a raiva, já que uma pessoa pode ser infectada diretamente pelo morcego, previne a morte dos indivíduos. Se o animal for vacinado, ele não desenvolve a raiva, que também está circulando na cidade de São Paulo. Tem de haver a campanha de vacinação em animais para proteger os donos.”
A confirmação de um caso de transmissão de raiva a um felino é considerada grave, mas não incomum. Em 2010, houve dois episódios no Estado de São Paulo, um em Araçatuba e um em Jaguariúna.  De 1998 até hoje já foram confirmados 37 animais domésticos contaminados em todo o Estado. “Achava-se antes que esse tipo de vírus parava no morcego, porque não estaria adaptado a outros animais, mas na verdade isso não existe: o risco da epidemia é menor, mas pode haver a possibilidade e ainda estamos fazendo cálculos epidemiológicos para avaliar o risco. Tivemos a comprovação em pessoas e em outros animais de alguns municípios, como Espírito Santo do Pinhal (em 2001), onde ocorreram oito casos de infecção do vírus do morcego em animais domésticos (seis em cães e dois em gatos). Provavelmente um passou para o outro”, afirma a médica sanitarista Neide Takaoka, diretora-geral do Instituto Pasteur, referência nacional em pesquisa e controle de raiva animal e humana.
A médica também defende que haja a vacinação, já que com a imunização o animal desenvolve anticorpos para bloquear o vírus e acaba com a possibilidade de o pet transmiti-lo ao homem. “Enquanto não há estudos que comprovem que não há risco de epidemia, o ideal é que aconteça a campanha de vacinação. Se o Ministério da Saúde vai ter condições de fornecer uma vacina de boa qualidade para todo o País, não sabemos. O País precisa cerca de 30 milhões de doses.”
Para Caio Rosenthal, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a ocorrência de um gato morto com raiva é muito relevante. Ele também acredita que a quebra da campanha de vacinação não deveria ter acontecido, já que a doença estava praticamente sob controle. “As consequências são ruins e uma delas é essa que estamos vendo.”
Agora, segundo o especialista, sempre haverá uma dúvida e uma insegurança do médico e da vítima em casos de mordidas ou arranhaduras. “Vai fugir da rotina, do controle, da perspectiva epidemiológica. Um médico de um pronto-socorro vai ter de atuar com esse dado na cabeça. ‘Bom, o ano passado não teve campanha: eu vacino essa criança ou não vacino? Eu dou soro e a vacina?’ Fugiu do protocolo. O médico fica mais preocupado e vai abrir um leque maior de tratamento e prevenção – às vezes sem necessidade real. Na dúvida, vai pecar pelo excesso”, explica.
Sobre a doença
A raiva é uma disfunção viral, caracterizada como uma encefalite progressiva aguda e praticamente não tem cura. Depois de apresentar os sintomas evolui rapidamente para a morte. No mundo, apenas três pessoas infectadas sobreviveram ao mal depois de submetidas a tratamentos, mesmo assim ficaram com alguma sequela.
Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus e também podem transmiti-lo. A forma mais comum da contaminação se dá pela penetração do vírus rábico contido na saliva do animal em feridas, principalmente pela mordedura e arranhadura ou pela lambedura de mucosas.  Ao ter contato com o organismo, o vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando depois outros órgãos e glândulas salivares, onde se replica. Ainda há relatos de transmissão após transplantes e as remotas possibilidades de transmissão sexual, respiratória, digestiva (em animais) e a contaminação da mãe para o filho durante a gestação/parto. O aspecto clínico é bem variado, o que torna difícil o diagnóstico se não houver o histórico de exposição à doença.
Os animais domésticos podem demonstrar alterações sutis de comportamento, anorexia, fotofobia, além de agressividade. O cão pode parecer desatento e, por vezes, nem atender ao próprio dono. Também pode haver um ligeiro aumento de temperatura, inquietude, crise convulsiva e paralisia, evoluindo para o coma e a morte.
Já no caso do ser humano, o paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, inquietude e  sensação de angústia. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Os sintomas evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.  O infectado se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso. O período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é em geral de 5 a 7 dias.
Campanha de vacinação
A dúvida se haverá a campanha de vacinação e se a nova vacina será segura é algo que alguns especialistas e donos de animais gostariam muito de saber. Para esclarecer o assunto, o blogConversa de Bicho, do Estadão.com.br,  foi ouvir Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.
1 – Este ano teremos campanha de vacinação contra a raiva no Estado de São Paulo? O Ministério da Saúde enviará as doses da vacina? Quando será e quantas doses são necessárias para o Estado e para a capital?
R.: Sim, está no cronograma do MS a realização da campanha antirrábica animal no Estado de São Paulo no ano de 2012. O MS enviará as doses necessárias  (já foram enviados 2 milhões de doses para o Estado, agora em janeiro). As doses previstas para o Estado de São Paulo, em 2012, são de aproximadamente 7,5  milhões, sendo 1, 2 milhão para a capital. A entrega do quantitativo  remanescente da vacina ao Estado dependerá da confirmação da entrega do laboratório produtor ao MS, o que deve ocorrer até o final de janeiro.
2 – O Ministério da Saúde ficou de enviar as doses para a realização da campanha no ano passado em São Paulo, mas não o fez. Qual foi o motivo?
R.: O atraso no cronograma de entrega das vacinas de 2011, tanto para São Paulo quanto para os demais Estados do Sudeste e outros nove Estados do Norte e Centro-Oeste do País, ocorreu em razão dos testes exigidos pelo MS ao laboratório produtor de forma a garantir e dar segurança ao produto. Esses testes mais rigorosos foram necessários porque em 2010 ocorreram eventos adversos graves, com mortes de animais, o que levou à suspensão da campanha. A distribuição da vacina no ano de 2011 priorizou os Estados onde há maior risco de ocorrência de raiva.
3 – A vacina contra a raiva foi modificada e houve vários casos de reações, principalmente em felinos, horas depois da aplicação da dose. Foi identificado o problema? O que garantirá que não aconteçam novamente as reações? Aliás, por que foi modificada? Como era fabricada antes e como é agora?
R.: O problema foi identificado pelo MS a partir de avaliações realizadas pelo Laboratório de Imunobiológicos e Biofármacos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP nos lotes da vacina utilizados na campanha de 2010. A análise apontou um aumento de concentração de proteína de soro bovino (heterólogo).
Para garantir que não aconteçam os eventos adversos observados em caninos e felinos foram feitas várias exigências ao laboratório produtor, com o aperfeiçoamento no processo de produção, de forma a garantir a redução da reatogenicidade e segurança do produto para o uso do imunobiológico na campanha de 2011. Além disso, novos e mais rigorosos testes de qualidade foram introduzidos.
4 – Foi divulgado, em 2001, um caso de raiva em uma mulher da cidade de Dracena. O vírus foi transmitido por um gato, contaminado pelo morcego. O Ministério da Saúde tem ciência do caso de raiva de um gato (transmitida pelo morcego)  identificado em dezembro de 2011 na cidade de São Paulo? Se sim, isso já não justificaria a campanha de vacinação?
R.: Sim o MS tem ciência de todos os casos de raiva porque essa é uma doença de notificação compulsória. Além disso, todos os casos são investigados para se determinar a variedade do vírus envolvido porque essa informação é importante na definição da estratégia adequada.
No Estado de São Paulo, o último caso de raiva humana pela variante canina do vírus rábico ocorreu  em 1997. Na capital, o último caso de raiva humana pela variante canina ocorreu em 1981. Em 2011 ocorreu esse caso de raiva em um gato, porém com a variante do vírus encontrada em morcegos. Esse tipo de transmissão por morcegos é um evento ocasional que pode acometer animais, como o gado ou animais domésticos, ou uma pessoa que for agredida pelo morcego e não fizer o tratamento pós-exposição, com a vacina e/ou o soro antirrábico.
Em qualquer situação, quando identificado um caso de raiva canina, é realizada a vacinação de bloqueio, imunizando-se todos os animais das áreas próximas ao caso.
A vacinação regular dos animais domésticos, sob a forma de vacinação de rotina ou de campanha, é fundamental para impedir a circulação do vírus da raiva. Entretanto, também é muito importante que as pessoas que sofreram agressões de animais procurem imediatamente um posto ou centro de saúde para receber a vacina e/ou o soro antirrábico, dependendo de cada caso – em todo o País, o SUS oferece vacina e soro antirrábico para todas as pessoas que necessitarem. Essa é uma medida essencial porque, mesmo entre os animais vacinados, ocorrem falhas naturais de imunização.
Além disso, a cobertura vacinal sempre é muito baixa entre os cães errantes e semidomiciliados. A vacinação de animais domésticos ocorre seguindo duas estratégias distintas, de acordo com a situação epidemiológica de cada Estado. Onde existe circulação de vírus da raiva canina, é indicada a realização de campanhas anuais, além da realização de vacinações de bloqueio. Em Estados onde não ocorre a circulação do vírus da raiva canina, como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a maior parte do Paraná, a estratégia adotada é a vacinação de rotina dos animais domésticos em Centros de Controle de Zoonoses e outras unidades.
A vacina antirrábica canina (Varc) utilizada no Brasil protege cães e gatos contra qualquer vírus do Genotipo 1 da Raiva, quer seja Variante 1 ou Variante 2, que são aquelas Variantes que têm no cão o seu reservatório e circulam entres as espécies canina e felina domésticas.  Da mesma forma, protegem contra os vírus das Variantes 3, 4, 5, que são as que circulam entre os morcegos hematófagos e não hematófagos, mas que acidentalmente podem vir a causar raiva em cães e gatos.
A ocorrência de um caso de raiva animal, como o registrado com o gato em São Paulo, não justifica a realização de campanha e sim da vacinação de bloqueio, o que foi realizado.
5 – A raiva ainda é considerada um grave problema de saúde pública em nosso País? Quantos casos foram registrados por Estado?
R.: A raiva já foi um grave problema de saúde pública, não sendo mais, pois a doença foi controlada ao longo das últimas 3 décadas. O Brasil encontra-se atualmente muito próximo da eliminação dessa doença, com a ocorrência de raros casos humanos. O desafio que ainda persiste é a ocorrência, de forma eventual, em alguns pontos focais de alguns Estados do Nordeste.
Em 1983 foram notificados 91 casos humanos, sendo a espécie canina a principal fonte de infecção. No ano de 2008, pela primeira vez no País, não houve nenhum caso de raiva humana transmitida por cão desde a implantação do programa na década de 70. Em 2009 e 2010 ocorreram 2 casos e 1 caso, respectivamente, transmitido pela espécie canina. Em 2011, foram notificados 2 casos humanos em um único Estado, o Maranhão.
A raiva canina segue a mesma tendência de redução no número de casos. No ano de 2000 foram registrados 921 casos, enquanto em 2011, foram notificados 63 casos de raiva canina e 6 casos de raiva felina em 18 municípios.
6 – Qual será o total de vacinas contra a raiva para animais de estimação e o valor investido em 2012? São importadas ou produzidas no Brasil? Quem é responsável pela produção?
R.: O total de vacinas adquiridas para 2012 é de 30 milhões de doses, parte produzida no Brasil pelo Tecpar (produtor nacional vinculado ao governo  do Paraná) e parte produzida pelo laboratório Merial, que é um produtor internacional pré-qualificado pela OMS.
Ainda não temos o valor final a ser gasto em 2012 porque não concluímos o acerto sobre que quantitativo será fornecido pelo laboratório nacional e quanto será comprado do produtor internacional.
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RAIVA EM NÚMEROS

    10 mil por ano é a quantidade aproximada de análises de raiva feitas em
animais de estimação (cães e gatos)
    100 é o número aproximado, por ano, de casos positivos de raiva em morcegos
em áreas urbanas
    2 morcegos com o vírus rábico foram encontrados na cidade de São Paulo
no ano passado
    37 animais domésticos foram infectados com o vírus da raiva do morcego
de 1998 até hoje no Estado de São Paulo
    30 milhões de doses são necessárias para a vacinação contra a raiva no País
    1,2 milhão de doses são necessárias para imunizar a população de animais
de estimação da cidade de São Paulo
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EVITE A DOENÇA

    Os animais de estimação devem ser vacinados contra a raiva a partir dos
três meses de idade. O reforço da imunização deve ser feito anualmente, mesmo
em cadelas prenhes, lactantes ou no cio

    Não deixe que cães e gatos tenham acesso à rua, telhados ou portões.
Só leve seu melhor amigo para passear utilizando coleira e guia

    Não é indicado tocar em nenhum animal desconhecido, principalmente ferido
ou que esteja se alimentando. Não tente controlar bichos que estejam brigando e
não mexa em fêmeas com crias

    Caso seja mordido ou arranhando por um animal, procure lavar o ferimento
com água e sabão e vá a um posto de saúde. No entanto, lembre-se de que em
acidentes com bichos é importante identificar qual é o animal e quem é o dono.
Caso não seja encontrado ou se o animal adoecer ou morrer, entre em contato
imediatamente com o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo
(t. 3397.8900/8901)

    Nunca se deve tocar em morcegos que eventualmente entrem em casa ou
apareçam caídos no jardim. Se possível, tente imobilizar o animal jogando um
pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso.
Em seguida, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses, que
enviará uma equipe para buscar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial
de raiva e identificação da espécie

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domingo, 15 de janeiro de 2012

Protetor para Unhas dos Gatos - SoftClaws




Achei esse vídeo postado na internet e gostaria de compartilhar com vocês. A Pet Society possui kits para cães e gatos. Pode ser uma boa opção para você que não quer pele e móveis arranhados.


PIF: PERITONITE INFECCIOSA FELINA



A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença viral, de caráter imunomediado, causada por uma variante mutante do coronavírus entérico felino(RNA vírus), que acomete os gatos domésticos e felinos selvagens como leões e leopardos. O agente é sensível a detergentes e desinfetantes comuns e resiste no ambiente por semanas. Pode ser transmitido por via transplacentária ou através do contato direto e contínuo de secreções orais e respiratórias. A eliminação do vírus se dá pela saliva, urina e fezes.

Alguns fatores são predisponentes como:

- faixa etária (animais de 6 meses à 2 anos de idade e gatos idosos); 
- predisposição racial (persa, abssínio, bengal, birmanês, himalaio); 
- superpopulação em gatis e abrigos; 
- desnutrição; 
- doenças infecciosas crônicas e concomitantes como FeLV e FIV; 
- o uso de fármacos imunossupressores. 

O período de incubação é indeterminado podendo ser de semanas a meses.
Por se tratar de uma doença imunomediada, o animal infectado pode desenvolver a doença quando possuir uma imunidade celular parcial (PIF seca) ou fraca (PIF efusiva).

Na PIF efusiva a evolução ocorre de 2 a 6 semanas após o aparecimento dos sintomas que incluem:  

- febre, apatia e anorexia; 
- aumento do volume abdominal (ascite); 
- efusão torácica e/ou pericárdica; 
- dispnéia, taquipnéia e cianose;
- perda de peso;
- icterícia; 
- linfoadenomegalia mesentérica. 

Já na forma não efusiva (seca) a evolução da doença é lenta e os sintomas são: 

- febre, apatia e anorexia; 
- perda de peso; 
- uveíte; 
- icterícia; 
- linfoadenomegalia; 
- alterações no sistema nervoso central (SNC). 

O presunção diagnóstica baseia-se nos sintomas, histórico e nos achados clínicos e laboratoriais. O diagnóstico definitivo só pode ser feita através da análise histopatológica e/ou imunohistoquímica de tecido do animal acometido. No Provet alguns exames disponíveis podem auxiliar ao clínico veterinário no diagnóstico da doença:

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Bioquímica de proteínas totais: em 55% dos casos de PIF efusiva e 70% da seca os animais apresentam proteínas totais > 7,8 g/dL e hiperglobulinemia > 4,6 g/dL das frações alfa, beta e gama. Este teste apresenta baixa sensibilidade e especificidade, podendo ser interpretado e confundido com outras doenças infecciosas e inflamatórias. 

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Ultrassonografia abdominal: este exame auxilia na avaliação dos linfonodos e efusão peritoneal, mas não pode ser utilizado como único método diagnóstico para a PIF.  

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RX de tórax: avaliação de efusão de tórax e pericárdica. 
O Provet possui também o Perfil Derrame Peritoneal que realiza 2 exames: a eletroforese de proteínas séricas e análise citológica de efusão peritoneal ou torácica.

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Análise Citológica de Efusão Peritoneal ou Torácica: na PIF o líquido normalmente possui coloração palha a amarelo citrino, com presença de fibrina, macrófagos e leucócitos, possui uma proteína elevada (em torno de 5 a 8 g/dL) e relação albunima/globulina < 0,81 g/dL. 

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Eletroforese de Proteínas séricas: neste teste de triagem os animais com PIF podem apresentar a fração Gama mais elevada em relação às outras proteínas.  

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E.L.I.S.A. Cinético (KELA) para diagnóstico de PIF (Coronavírus Felino): Teste padronizado e calibrado por apresentar resultados semelhantes ao teste de Imunofluorescência Indireta (IFA), podendo considerar os títulos Kela “IFA-equivalentes”. Títulos 1:8 são considerados positivos. 
O título positivo para PIF não pode ser considerado como forma de diagnóstico definitivo para a doença, pois detecta a presença de anticorpos contra qualquer tipo de coronavirus em geral, devendo o diagnóstico, portanto estar associado a sinais clínicos e outros achados laboratoriais compatíveis com a patologia da doença.

O teste negativo em um gato clinicamente normal pode ser bastante significativo, pois indica que não houve exposição à infecção da PIF, e não há anticorpos contra nenhum dos coronavírus. Uma pequena porcentagem de animais com PIF clínica ou confirmada pela necropsia pode apresentar títulos baixos ou até mesmo negativos. Este fenômeno pode ocorrer pela exaustão do sistema imunológico que não consegue produzir anticorpos em antígenos virais circulantes, não sendo assim detectados.

A vacinação recente ou episódios de febre podem causar um efeito imunológico secundário mascarando parcialmente a verdadeira titulação de anticorpos. Sugere-se então, a repetição do exame em um período de 6 a 8 semanas para confirmação.

O teste ELISA é realizado através de amostra de soro sangüíneo e seu resultado liberado no prazo máximo de 30 dias.

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Diagnóstico de PCR através do RNAm: esta técnica moderna é altamente sensível e específico pois também identifica gatos assintomáticos e confirma o diagnóstico de PIF, pois possui a vantagem de ser um marcador da replicação viral na amostra testada (sangue ou efusões cavitárias). Consulte-nos sobre a disponibilidade deste exame. 

Devido à alta taxa de mortalidade (podendo chegar a 100%), o manejo de gatis com medidas sanitárias adequadas se faz necessário para evitar a disseminação da doença.

A equipe do Laboratório do Provet está disponível para esclarecimento de dúvidas junto ao médico veterinário. Qualquer problema ou dúvidas entre em contato conosco.


LEITURA COMPLEMENTAR SUGERIDA:

SHERDIING, R.G. Peritonite infecciosa felina. In: BICHARD, S.J.R.; SHERDING, R.G. Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. 1ª. Ed. São Paulo: Roca, 1998. Cap. 3. P. 105-111.




Este texto está disponível no site do laboratório: www.provet.com.br

AS DOENÇAS QUE ASSOMBRAM NOSSOS GATOS: FIV e FeLV


O FeLV(Vírus da Leucemia Felina) e o FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) estão entre os causadores de doenças infecciosas mais comuns em gatos. São causadas por 2 diferentes tipos de retrovírus, pertencentes ao gênero dos Oncornavírus (FeLV) e ao gênero dos Lentivirus (FIV), sendo que o FIV pertence à mesma família do vírus causador da imunodeficiência humana (AIDS); o FIV é responsável apenas pela doença específica dos felinos, não existindo qualquer risco de infecção para o humano. São vírus frágeis e instáveis no meio ambiente, sendo facilmente inativados pelo calor ou por desinfetantes domésticos e detergentes comuns, sem necessidade de utilização do vazio sanitário prolongado. 

A infecção por algum destes vírus compromete o sistema imunológico do animal hospedeiro, interferindo na sua capacidade de combater infecções, predispondo o organismo a uma variedade de doenças secundárias recidivantes ou persistentes.

FIV
 
O gato contrai o vírus da imunodeficiência felina através da saliva, quando é mordido ou arranhado por um gato infectado, ou através do contato sexual durante a cópula. As fêmeas podem transmitir o vírus aos filhotes por via transplacentária ou através da amamentação se forem infectadas antes da gestação.
Os sintomas da FIV na fase inicial caracterizam-se por febre, aumento dos gânglios linfáticos e aumento da susceptibilidade às infecções intestinais e cutâneas por um período de 4 a 6 semanas após o contagio. Animais jovens ou com um sistema imunológico competente podem apresentar uma fase latente ou subclínica na qual não se observam sinais da doença durante anos. Com o passar do tempo e o avanço da idade os gatos contaminados tendem a apresentar um severo comprometimento do seu sistema imunológico tornando-se susceptíveis a uma grande variedade de infecções crônicas.

FeLV

O vírus causador da leucemia viral felina pode ser transmitido através da saliva, secreções nasais e lacrimais, urina e fezes de gatos portadores. Um gato saudável pode se infectar após lambedura mútua com outro doente ou através de fômites. Os filhotes de gatas infectadas também podem nascer infectados por meio de contaminação transplacentária ou adquirir o vírus durante a amamentação. Cerca de 80% dos filhotes que adquirem o vírus nestas condições morrem na fase fetal ou neonatal, e os que resistem podem manter-se em viremia persistente.
Após a infecção por FeLV, gatos com o sistema imunológico competente podem combater e eliminar o vírus no estágio inicial. Já os animais com o sistema imunológico debilitado permanecem contaminados, dando origem a diversas complicações sistêmicas, como infecções secundárias, alterações hematológicas e até neoplasias.
A evolução da doença pode ser classificada em categorias de acordo com a característica da patogenia:
- Regressiva (viremia transitória ou latente): devido a uma resposta imune eficiente, observado em 30% dos gatos sadios expostos ao FeLV. Podem apresentar testes positivos na fase inicial, mas tornam-se negativos posteriormente, pois o organismo neutraliza o vírus;
- Progressiva (viremia persistente): devido à falha no desenvolvimento de uma resposta imune efetiva. Geralmente estes animais desenvolvem sintomas e apresentam testes positivos;
- Latência: o vírus sai da circulação sanguínea, porém permanece seqüestrado na medula óseea, replicando-se sem deixar as células, podendo ser responsáveis pelo desenvolvimento de anemias e neoplasias. Podem apresentar testes sorológicos negativos;

Gatos portadores assintomáticos e aparentemente saudáveis podem transmitir FIV e FeLV por não apresentarem sinais clínicos da doença durante semanas, meses ou até mesmo anos após o contágio inicial, tornando-se fontes potencialmente contagiantes para outros indivíduos contactantes.
 

Sinais Clínicos: 

Dentre os sinais clínicos mais comuns observados na FIV e FeLV podem ser citados:

- anorexia
- depressão
- perda de peso/caquexia
- alterações comportamentais

FIV

Os sinais clínicos da FIV podem apresentar 5 estágios distintos:

- Fase aguda: inicia-se de 4-6 semanas pós infecção com desenvolvimento de febre, leucopenia, esplenomegalia e hepatomegalia. Cerca de 4 meses pós infecção pode ser encontrada hipergamaglobunemia devido ativação policlonal inespecífica dos linfócitos B. Os anticorpos contra FIV só começam a ser produzidos pelo sistema imunológico cerca de 3 a 6 semanas após o contágio e tornam-se detectáveis por teste a partir de 4 a 8 semanas;
- Fase subclínica: animal geralmente sem sintomas, podendo apresentar neutropenia e linfopenia;
- Fase clínica: gatos podem demonstrar linfoadenopatia generalizada, febre, inapetência e perda de peso;
- Fase crônica: com manifestações secundárias, como o desenvolvimento de lesões em cavidade oral, infecção no trato respiratório, febre, diarréia, alterações hematológicas (anemia, linfopenia, neutropenia e trombocitopenia), neoplasias e alterações neurológicas;
- Fase terminal: devido à extrema debilidade do organismo, não têm controle sobre as infecções secundárias e podem desenvolver doenças sistêmicas severas (falência renal, hepática, pancreática ou linfoma);

FeLV

Os sinais clínicos estão associados às infecções secundárias e à imunossupressão como:

- Halitose devido a gengivites ou estomatites
- Dermatites recorrentes e abscessos
- Otites
- Infecções das vias aéreas
- Enterites
- Anemia não regenerativa
- Leucopenia com neutropenia, linfopenia e trombocitopenia ou leucocitose por linfocitose
- Linfoma
- Fibrossarcoma
- Doenças mieloproliferativas

Diagnóstico:

O Provet disponibiliza exames laboratoriais complementares que auxiliam o veterinário no diagnóstico da suspeita clínica de FIV e FeLV como:

- Hemograma Completo: para avaliação das desordens hematológicas;

- Eletroforese de Proteínas: para o estudo da resposta imunológica;

- Análise Citológica de Linfonodso, aumento de volumes e liquidos cavitários:  para identificação de atividade linfocitária e desenvolvimento de neoplasias;

- Citologia de Medula óssea: para caracterização de doenças mieloproliferativas;

- Ultrassonografia Abdominal: para identificação de linfoadenomegalia interna, hepatomegalia e esplenomegalia;

- Testes Sorológicos:  qualitativos ou confirmatórios, através de diferentes técnicas (ELISA, RIFI, PCR, Western Blot) a partir de amostras sanguíneas para a detecção de anticorpos contra FIV e do vírus da FeLV.
 

Como proceder para a interpretação dos testes sorológicos: 

Devido aos diferentes estágios de desenvolvimento da doença, é possível obterem-se resultados divergentes com a situação clínica do paciente. Para correta interpretação dos testes algumas condições devem ser consideradas:

Elisa Negativo:

- infecção pré-aguda
- Infecção regressiva
- ausência de infecção
Caso persista a suspeita da doença, recomenda-se a repetição do teste com intervalo de 4 a 6 semanas.

Elisa Positivo:

- Animais sintomáticos: infecção persistente.
- Possibilidade de resultado falso positivo (FeLV) em animais que tiveram contato recente com o vírus (viremia transitória).
- Sem sinais clínicos: recomenda-se reavaliação sorológica após 6 a 8 semanas para caracterização de infecção regressiva.


Prevenção e Controle 

A forma mais eficaz de impedir a disseminação dessas doenças inicia-se com um diagnóstico confiável, devido às diferentes síndromes clínicas. Os animais positivos devem permanecer reclusos e separados dos animais sadios, a fim de se evitar a exposição e propagação dos agentes infecciosos através das secreções.

LEITURA COMPLEMENTAR SUGERIDA:

·        TEIXEIRA, B.M.; RECHE JUNIOR, A.; HAGIWARA, .M.K. Clinica Veterinária, n. 88, p. 54-66, 2010.
·        HAGIWARA, M.K.; JUNQUEIRA-JORGE, J.; STRICAGNOLO, C. Clínica Veterinária, n.66, p.44-50, 2007.



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